Ambientado na década de 1930, na fictícia cidade mineira de Santa Graça, “referência de virtude e limpeza no território nacional”, Puro, da escritora Nara Vidal, é um romance histórico que mergulha (e nos afoga) em uma passagem grotesca, pouquíssimas vezes retratada na ficção e menos ainda nos livros de História do Brasil: o eugenismo. Na trama, que se apresenta a partir de como pensam, dizem, fazem ou sentem as personagens, atos perversos e comportamentos criminosos são cometidos em nome de uma “ciência” que persegue o embranquecimento da população e a purificação da raça branca. Uma narrativa construída por várias vozes que nos tiram o fôlego e nos fazem querer ler de olhos fechados. Porque, sim, é uma História de horror.
Sobre a Nara Vidal
A Nara é mineira, de Guarani, e mora em Londres há mais de 20 anos. É graduada em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e tem Mestrado em Artes pela London Metropolitan
University. Além de vários títulos para crianças, tem seis livros publicados. Com Sorte, foi uma das vencedoras do Prêmio Oceanos em 2019. Mapas para desaparecer, Eva e Shakespearianas estão entre as suas obras mais conhecidas. Com Puro (Todavia), recebeu o prêmio de Melhor Romance, em 2024, da APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes). O livro já foi traduzido nas línguas inglesa e francesa e teve os direitos vendidos para o cinema.
